Trabalhadores de fábricas do iPhone substituídos por robôs Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/trabalhadores-de-fabricas-do-iphone-substituidos-por-robos-fotogaleria

quarta-feira, 3 de agosto de 2011
A Foxconn, fabricante de iPhones e iPads - também associada a marcas como a Nokia, a Nintendo e a Sony -, dispõe já de 10 mil robôs nas suas linhas de montagem na China, mas planeia chegar a um milhão nos próximos três anos.
Terry Gou, fundador e presidente da empresa justifica a substituição de mão-de-obra humana por máquinas com a "necessidade de cortar nos custos e aumentar a eficiência do trabalho através da implementação de máquinas capazes de realizar as tarefas mais básicas da fase de produção", tais como a montagem, a soldagem ou a pulverização.

Salários baixos e suicídios nas fábricas


Apesar do seu crescimento económico, a Foxconn tem sido criticada pelas fracas condições de trabalho que oferece. Em 2010, resultado dos múltiplos suicídios registados entre os funcionários das suas fábricas, fez uma revisão laboral e mais que duplicou os salários na fábrica de Longhua, embora se mantenham muito baixos: de 900 yuan (aproximadamente €98) para 2000 yuan (€218).
A empresa explica que o aumento do número de robôs, num período de três anos, vai afastar os funcionários das linhas de montagem e direcioná-los para trabalhos mais estimulantes. Geoff Crothall, da organização não-governamental China Labour Bulletin, concorda que este processo de transição poderá ser benéfico para os empregados, lembrando que serão sempre necessárias pessoas para manejar este tipo de máquinas.

Melhoria ou estratégia de pressão?


Lui Kaiming, representante do Institute of Contemporary Observation, uma organização associada ao desenvolvimento sustentável na China, coloca a hipótese de se tratar de um truque para pressionar os trabalhadores, acrescentando que o custo das máquinas acaba por ser mais dispendioso que a mão-de-obra.


A substituição dos funcionários por robôs, nas fábricas da Foxconn, conduziu a uma reflexão acerca do futuro de Pearl River Delta, a zona industrial da China considerada a "fábrica do mundo", cujo modelo de trabalho baixou os níveis de inflação com a introdução de produtos a baixo preço nos mercados mundiais.

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